HIPERIDROSE

A hiperhidrose é uma doença que provoca uma sudorese excessiva, e pode se manifestar em uma ou mais áreas, como axilas, palma das mãos, rosto, cabeça, sola dos pés e virilha.

A doença tem um impacto profundo na vida do paciente e pode levar ao isolamento social e à depressão.

Embora a hiperhidrose atinja 176 milhões de pessoas no mundo e ofereça diversas possibilidades de tratamento, a falta de informação ainda é um importante obstáculo a ser superado, pois a população geralmente desconhece a doença.

As áreas mais atingidas pela hiperhidrose são mãos, planta dos pés, axilas, região inguinal e perineal.
Quando afeta a planta do pé, pode favorecer o desenvolvimento de micoses.

Em geral, o suor não tem cheiro desagradável, mas frequentemente, a hiperhidrose cursa com bromidrose (odor desagradável), devido à proliferação de bactérias que utilizam os componentes do suor e restos celulares como substrato alimentar.

Pessoas acometidas pela hiperhidrose podem sofrer constrangimento intenso por causa do suor excessivo e enfrentar enormes dificuldades na vida profissional e pessoal, com risco de evoluir para um quadro depressivo.
FONTE: SBCD

Possíveis tratamentos:

Toxina botulínica: excelente método para tratar hiperhidrose axilar, palmar, digital e plantar, porém, transitório. Consiste na aplicação da toxina botulínica nos locais afetados, por meio de injeções.

A área a ser tratada é previamente anestesiada. A toxina age bloqueando os estímulos nervosos para as glândulas sudoríparas, impedindo a produção excessiva do suor.

A injeção pode ser dolorosa nas regiões palmar, digital e plantar, mas trata-se de uma opção de tratamento segura, efetiva e minimamente invasiva.

Os resultados do tratamento com toxina botulínica duram em média seis meses; após esse período, o procedimento deve ser repetido.
Soluções tópicas;

Cirurgia dos nervos simpáticos (simpatectomia): reservada para casos resistentes a outras formas de tratamento. Consiste no corte de alguns nervos simpáticos para reduzir a atividade das glândulas.
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QUELÓIDE

Queloide é uma cicatriz “exagerada” que surge por uma resposta cicatricial intensa do organismo, que extrapola os limites de um dano cutâneo ocasionado por uma inflamação, queimadura ou incisão cirúrgica.

Trata-se de um distúrbio constitucional que afeta mais comumente indivíduos negros, mas pode cometer pessoas de todos os fototipos.

Esse tipo de cicatriz pode ocorrer em qualquer lugar do corpo, sendo mais comum no lóbulo da orelha, ombros, região peitoral e sobre incisão de cesárea.
É fundamental que o paciente, ao se submeter a um procedimento cirúrgico, informe ao médico se apresenta história familiar e/ou pessoal de queloide.

É impossível ao médico predizer que a cirurgia não formará queloide num paciente predisposto, mas o profissional pode tomar condutas para tentar reduzir essa possibilidade ou indicar um tratamento precoce.
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Tratamento para Quelóide e Cicatrizes Hipertróficas

Cicatrizes hipertóficas e queloides são processos de cicatrização anormais, provocados por uma resposta cicatricial intensa do organismo a um trauma cutâneo, como cirurgias, infecções e queimaduras.

São caracterizados pelo aspecto elevado e duro da cicatriz, que ultrapassa os limites da lesão original.

Isto pode trazer incômodo, principalmente quando o problema se manifesta em regiões mais visíveis do corpo e próximo de orifícios naturais, como por exemplo, boca, narinas, olhos e ânus.

Há diversas formas de tratamento para o queloide, que podem ser utilizadas separadamente ou combinadas, com sucesso variável.
Embora existam evidências de que a terapêutica combinada de um ou mais métodos seja mais eficiente do que uma só (monoterapia), não há consenso quanto às características da lesão que são responsáveis pela melhor resposta terapêutica.

As opções terapêuticas mais comuns são: remoção cirúrgica, radioterapia local, uso de placas de silicone, injeções de corticosteróides, fitas oclusivas de corticosteroides, betaterapia (radioterapia), terapia fotodinâmica, criocirurgia (congelamento) e laserterapia (aplicação de laser sobre a lesão).

A escolha do tratamento dependerá do local e tamanho da cicatriz.
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VERRUGAS

Verrugas são crescimentos benignos (não cancerosos) causados pela infecção viral da camada mais superficial da pele ou membranas mucosas. Os vírus causadores das verrugas pertencem à família chamada papiloma vírus humano (HPV). O aspecto da verruga irá variar de acordo com o local acometido. As verrugas são, usualmente, da cor da pele e ásperas ao toque, mas podem, também, ser escuras, planas e macias. Existem vários diferentes tipos de verrugas, como:
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Verruga vulgar

Usualmente cresce em volta das unhas, nos dedos e no dorso das mãos.

Mais comuns nas regiões de pele submetidas a traumas frequentes (por exemplo, o ponto no qual as unhas são aparadas/roídas ou as cutículas retiradas).

Verruga plantar

Ocorre na sola dos pés.

Quando as verrugas plantares crescem agrupando-se elas são chamadas de verrugas em mosaico.

A maioria não forma saliência na sola dos pés, pois a pressão exercida ao caminhar as torna achatadas, empurrando-as para dentro da pele, causando dor intensa, semelhante à sensação de pedra no sapato.

Verruga plana

Menor e mais macia que os demais tipos de verrugas.

Tende a crescer em grande número – 20 a 100 ao mesmo tempo.

Verrugas planas ocorrem em qualquer região do corpo, mas em crianças são mais comuns na face.

Nos adultos são geralmente encontradas nas regiões da face cobertas por barba (homens) e nas pernas (mulheres).

Verruga filiforme

Mais comum em idosos, forma lesão semelhante a um dedo projetada na superfície da pele.

Verrugas genitais

Localizadas na região genital ou perianal, essas verrugas são mais macias e podem ser úmidas, quando localizadas nas mucosas.

Tamanho e coloração variável, é mais frequente em adultos e pode ser transmitida pelo contato sexual.

Tratamentos

O tratamento das verrugas varia conforme a idade e o tipo de manifestação da doença.

• Verrugas vulgares: em crianças, podem ser tratadas por meio da aplicação diária de ácido salicílico em baixas concentrações. Aplicação semanal (no consultório) de cantaridina leva à formação de uma bolha sob a verruga. Retira-se então a porção morta da verruga que se encontra no cume da bolha após cerca de uma semana.

Em adultos ou crianças mais velhas, a crioterapia (congelamento) é uma das opções de tratamento, sendo pouco dolorosa e praticamente sem risco de cicatrizes.

A eletrocirurgia (queima), apesar de mais dolorosa, é outra boa alternativa, pois remove a verruga em uma única sessão.

• Verrugas plantares: difíceis de tratar, pois se localizam abaixo da superfície da pele.

As opções de tratamento incluem aplicação de adesivos contendo ácido salicílico e outras substâncias químicas.

Há também opções cirúrgicas: cirurgia a laser, eletrocirurgia ou excisão.
• Verrugas planas: métodos que promovam a descamação da pele, como a aplicação diária de ácido salicílico ou outros produtos com o mesmo fim são a recomendação habitual.

• Verrugas genitais: As mais difíceis de tratar.

Tratamentos periódicos em consultório utilizando ácidos ou crioterapia podem ser necessários para a eliminação das verrugas visíveis.

O dermatologista pode prescrever uma fórmula de podofilina para usar em casa.

Mais modernamente foram desenvolvidos medicamentos de uso tópico que têm ação nas verrugas genitais, porém, devido à sua ação irritante, só devem ser utilizados com orientação médica.

Quando são persistentes ou em casos de grandes verrugas genitais, o tratamento cirúrgico é a opção.

Mulheres portadoras de verrugas genitais têm maior chance de desenvolver câncer de colo do útero.

Por isso, todos os adultos com verrugas genitais devem ser submetidos a tratamento.
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Atenção: verrugas sempre devem ser diagnosticadas e ter seu tratamento prescrito por um médico.

Sprays de nitrogênio líquido e outros produtos livremente disponíveis na farmácia não devem ser utilizados, sob o risco de provocarem queimaduras ou ferimentos, além de dificultarem (ou até mesmo impedirem) o tratamento adequado de problemas cutâneos que podem se assemelhar a verrugas, como melanomas e outros tipos de câncer da pele.
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CICATRIZES

Diversas técnicas podem ser empregadas para minimizar as cicatrizes, a maioria delas realizada no próprio consultório dermatológico. Eis algumas opções:
FONTE: SBCD

Tratamento cirúrgico

Método de remoção da cicatriz que faz a junção da pele normal de uma maneira menos evidente.

Dermoabrasão

Método usado para suavizar cicatrizes causadas por acne, marcas de catapora ou irregularidades pequenas da superfície da pele.

Uma máquina elétrica remove as camadas superiores da pele, como se fosse um lixamento, conferindo um contorno mais uniforme à superfície.

Tratamentos com laser e outras fontes de luz

Empregam a luz de alta energia para tratar as cicatrizes.

De pendendo do tipo de cicatriz, são indicados aparelhos que promovem formação de colágeno, ou que promovem um “lixamento” da pele.

Há também aparelhos que agem na coloração da cicatriz.

Preenchimento

O uso injetável de ácido hialurônico ou outros produtos sob cicatrizes deprimidas pode deixar a pele mais uniforme.

Peelings químicos

O uso de produtos químicos, pelo dermatologista em seu consultório, promove a remoção da camada superior da pele e estimula a formação de colágeno.

Microagulhamento

Aparelhos que fazem diversos “microfuros” na pele estimulam a formação de colágeno e suavizam as cicatrizes.

MICROVARIZES, VASINHOS, TELEANGECTASIAS

As microvarizes são pequenos vasos dilatados, tortuosos, situados abaixo da pele, na gordura dos membros inferiores.

Têm dimensões entre 2 e 5 mm, sendo de calibre intermediário entre as varizes e telangiectasias.

São, em geral, assintomáticas, porém antiestéticas.

Podem se apresentar como lesões únicas ou surgem associadas às varizes e telangiectasias.

Já as telangiectasias são dilatações de capilares, artérias ou veias menores do que 2 mm de calibre, têm disposição linear e sinuosa, podendo formar emaranhados ou ter aspecto aracneiforme (“aranhas vasculares”) ou retiformes (“em forma de rede”).

Eventualmente, apresentam-se como dilatações puntiformes.

Não se sabe exatamente porque algumas pessoas têm estas veias dilatadas e outras não. Entretanto, parece que algumas famílias estão predispostas a desenvolver o problema.

Outros fatores que podem predispor o aparecimento das microvarizes são: obesidade, traumas, pessoas que permanecem em pé ou sentadas com as pernas cruzadas por períodos prolongados, gravidez e uso de hormônios femininos que contém estrógenos.

Acredita-se que o uso de meias elásticas, o controle de peso, exercícios físicos regulares e a suspensão dos hormônios podem ter algum benefício no tratamento das microvarizes.
FONTE: SBCD

CELULITE

Para tratar a celulite, é preciso saber em que grau e quantidade ela se encontra e também considerar fatores como idade, peso etc.

Uma dieta balanceada, a prática regular de exercícios físicos e a ingestão diária de líquidos ajudam a prevenir o problema.

Dentre os métodos utilizados para o tratamento da celulite estão:
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Indradermoterapia

Injeção de medicamentos na derme, a camada intermediária da pele.

Bioestimuladores de colágeno

Sculptra e o Radiesse são os principais e podem melhorar a qualidade da pele.

Subcisão

Procedimento realizado com uma agulha bisturizada, que corta os septos fibrosos causadores dos “furinhos” da celulite.

Tecnologias

Aparelhos de ultrassom, radiofrequência, raio infravermelho, laser, endermologia e equipamentos de sucção mecânica ajudam na drenagem linfática, aumento de circulação sanguínea, destruição de gordura e estimulação da produção de colágeno (responsável pela sustentação da pele).

TRATAMENTO DE GORDURA LOCALIZADA: CRIOLIPÓLISE

Criolipólise é uma técnica não-invasiva de tratamento da gordura localizada e atua por meio do resfriamento e destruição dos adipócitos (células de gordura).

No procedimento, coloca-se um aparelho no formato de um copo pequeno ou ventosa sobre a pele, para extrair o calor do corpo gradualmente, até que a gordura subcutânea seja congelada.

Como a epiderme permanece dentro de uma gama de temperaturas normais (e também é fundamentalmente mais resistente ao frio), a pele permanece intacta.

As células adiposas são extremamente sensíveis ao frio, por isso, o congelamento intenso e localizado causa a perda de adipócitos, pois a baixa temperatura provoca a desagregação de gordura por danificar as células que murcham ao longo do tempo.
Por este mecanismo, a gordura que “se solta” será naturalmente metabolizada pelo sistema linfático.

O procedimento é realizado em consultório e dura aproximadamente 40 minutos por região tratada.

Pode haver leve dor no local.

O tratamento é contraindicado para pacientes obesos, grávidas e lactantes, pessoas com grande flacidez na pele, pacientes com quadros infecciosos, cicatrizes, hérnia abdominal, dermatites e pruridos na região atingida.
FONTE: SBCD